Morador de Santa Maria desde a década de 70, o tradicionalista natural de Espumoso e militar da reserva Erival Bertolini assume o MTG querendo simplificar os processos nos eventos do movimento. Confira a entrevista com ele feita ainda no congresso que o elegeu:
Agência RBS – Qual será a marca da sua presidência no MTG?
Erival Bertolini – Temos de desburocratizar os procedimentos na participação dos tradicionalistas nos nossos principais eventos. O pessoal vem colher algo bom e tem muita demora para credenciamento, por exemplo. Estamos castigando o tradicionalista. Os eventos têm de ser prazerosos, são para integrar as pessoas, não deixá-las irritadas.
Agência RBS – Há algo da tradição que o senhor acha que precisa ser alterado, como foi o caso da proibição dos grupos de Tchê Music em CTGs?
Bertolini – As tradições são muito simples de serem preservadas. O movimento chegou num ponto que é só de simplificação. A pesquisa já está feita, então não há o que mudar na indumentária, por exemplo. Pela indumentária, sabemos quem é o tradicionalista original e o genérico.
Agência RBS – Mas o genérico, por estar pilchado, de alguma forma demonstra interesse pelas tradições, não?
Bertolini – Claro, temos de atrair esses, mas dizer que para participar das atividades, tem de estar com a indumentária correta. Eu tenho um plano de procurar o governo do Estado e implantar nas escolas um processo de orientação aos jovens para passar o que é a tradição. Essa é uma forma de ajudarmos, atrair mais jovens.
Agência RBS – Para o senhor, quem é o gaúcho tradicionalista?
Bertoloni – É aquele que se preocupa em preservar as tradições. Alguns têm esses laços em família, e outros procuram embasamentos em livros. É necessário esse preparo para defender as tradições do Rio Grande. Não é somente o uso da indumentária e o trato com os animais, mas o comportamento respeitador em casa e com a comunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário