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Este blog pertence ao Tradicionalista Sérgio Spier, vulgo Pepecão (nome artístico) para os correligionários da tradição que me conheceram nos anos 70, 80. Posto discussões da Política e do Tradicionalismo vigente além de temas didáticos para pesquisas culturais.


17 de jun. de 2010

Considerações de Paixão Cortês sobre as Cavalgadas

Bueno gauchada amiga.....( jardão das minhas apresentações )

Vale a pena ouvir (ou ler ) assuntos ditados pelo nosso sábio Paixão Cortês....

Paixão não vê "razão" nas cavalgadas

Entrevista de Paixão Côrtez, dia 26/02/10, em Zero Hora:


Zero Hora – Qual é a sua visão a respeito de eventos como a Cavalgada do Mar?

Paixão Côrtes – As cavalgadas podem chamar a atenção à ligação entre o gaúcho e o cavalo no movimento tradicionalista. Assim como existem apresentações de danças, podem ocorrer essas demonstrações de cavaleiros. É salutar, quando bem organizada. Mas bem organizado significa ter objetivos e não simplesmente montar no cavalo sem perspectivas maiores. Passo um bom tempo aqui em Cidreira e não vejo razão de ser nessas cavalgadas. É simplesmente uma caminhada a cavalo. Não há pesquisa ou questionamento sobre nada. Não serve para questionar os problemas do Rio Grande. É um passeio. É comer, beber e dar risada.

Zero Hora – Existe desconhecimento sobre os cavalos por parte dos participantes?

Paixão Côrtes – O gaúcho sempre esteve ligado ao cavalo. Ele podia dormir mal, nos arreios, mas o cavalo precisava ficar em condição excepcional, porque era através do cavalo que o gaúcho podia fazer o seu trabalho. Na cavalgada, há participantes inconscientes da responsabilidade que deveriam ter. Estão percorrendo grandes distância cavalos mal-alimentados e não habituados a isso. Não estou dizendo que não existem pessoas com conhecimento, mas tenho visto aqui que são pessoas sem a mínima noção da sua responsabilidade e da dignidade do animal. Estão fazendo exibição descaracterizante, em vez de exaltar o cavalo e a identidade da terra.

Zero Hora – O trajeto pelo litoral faz sentido?

Paixão Côrtes – O litoral foi a primeira rota dos tropeiros, a partir de 1731. Mas eu falo com os cavaleiros aqui e eles não sabem nada do que estão fazendo, não têm conhecimento nenhum da História. Tinham de conhecer e de fazer o resgate. Uma cavalgada dessas tem de ter algum objetivo além de simplesmente montar. Existe festas e recepções, mas o tradicionalismo não vive de festas. Vive da realidade e do desenvolvimento do Rio Grande. Precisa ter substância. É preciso ter a cultura do saber, não só a do montar.


Fonte: Blog Ro da de Chimarrão

Copio esta frase que achei interessante e estendo aos demais setores estruturantes do tradicionalismo (culturais, artisticos e desportivos):
"Existe festas e recepções, mas o tradicionalismo não vive de festas. Vive da realidade e do desenvolvimento do Rio Grande".

Abraços...

Um comentário:

  1. 2ª Cavalgada contra o crack - pega o chasque aqui: http://conjuntomusicalospampeiros.blogspot.com/2010/06/2-cavalgada-contra-o-crack-em-alvorada.html

    E dá uma olhada neste sítio. É de SP (São José dos Campos - SP), feito por este chirú....

    Abraços Valdemar Engroff

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