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Este blog pertence ao Tradicionalista Sérgio Spier, vulgo Pepecão (nome artístico) para os correligionários da tradição que me conheceram nos anos 70, 80. Posto discussões da Política e do Tradicionalismo vigente além de temas didáticos para pesquisas culturais.


23 de set. de 2010

AS CHAMAS CRIOULAS EM ALVORADA

Um pouco da história da Chama Crioula contada pelo nosso correligionário da Tradição Valdemar Engroff:

Até 1997,

As comemorações da Semana Farroupilha em Alvorada eram pacatas. A Chama Crioula era buscada até então na velha Setembrina dos Farrapos (Viamão), na Trincheira dos Farrapos. Naquele ano, ficou decidido que nos anos seguintes, os tradicionalistas de Alvorada iriam homenagear algum lugar histórico do Rio Grande do Sul. Assim, as bandeiras do nosso município, do Estado, do País e das nossas entidades tradicionalistas, seriam desfraldadas nestas cavalgadas. E a história registrou as seguintes cavalgadas:

Busca da Chama em São Sepé em 1998. Calorosa recepção na entrada da nossa cidade!

1998
Foi realizada a primeira grande cavalgada da Chama Crioula, buscada a casco de cavalo na longínqua cidade de São Sepé. A centelha foi retirada no fogo de chão, na Fazenda Boqueirão, que arde há mais de 200 anos, passando de geração em geração, sem se apagar.

1999

Os tradicionalistas locais foram buscar a Chama Crioula em Mostardas, acesa debaixo de um centenária figueira, no mesmo local onde nasceu a heroína de dois mundos – Anita Garibaldi.

2000

Em parceria com os tradicionalistas de Mostardas, graças à amizade plantada no ano anterior, os tradicionalistas de Alvorada foram buscar a primeira Chama Internacional, mais precisamente no Forte San Miguel, no vizinho país amigo, o Uruguai.

2001

Como a 1ª RT teve a honra de sediar o acendimento da Chama Crioula a nível estadual, os tradicionalistas de Alvorada buscaram e trouxeram a casco de Cavalo a Chama Crioula, da antiga Pedras Brancas, atual cidade de Guaíba, que homenageou o herói farroupilha Gomes Jardim.

2002

Graças ao prestígio e a organização do Movimento Tradicionalista local, a Campeira de Alvorada representou a 1ª RT na busca da Chama Crioula em Santa Maria, trazendo-a até o Parque Harmonia, em Porto Alegre e posteriormente para os festejos em nossa cidade.

2003

A Chama Crioula foi buscada a casco de cavalo na cidade de Camaquã, no Forte Zeca Neto. Ela foi acesa a nível estadual no dia 22 de agosto, no Sítio Água Grande, local onde viveu Barbosa Lessa por mais de 15 anos até a sua morte.

2004

A Subcoordenadoria de Alvorada obteve a permissão do Coordenador da 1ª RT e da Presidencia do MTG, para uma empreitada interestadual: a busca da Chama Crioula na história cidade de Laguna na vizinha Santa Catarina. Mas devido a problemas de saude sanitária no lado catarinense, não foi permitida a entrada de eqüinos naquele Estado. Devido a este episódio de utilidade pública, foi concedida a permissão buscar a Chama Crioula na cidade histórica de Piratini, a primeira Capital da República Riograndense.

2005

No ano do 40º aniversário de sua emancipação político-administrativa da nossa cidade, os alvoradenses, participaram do Acendimento da Chama Crioula do Rio Grande do Sul, no município-mãe, a Setembrina dos Farrapos – cidade de Viamão, voltando assim às origens, alguns anos após a primeira grande cavalgada, feita pelos tradicionalistas locais em 1998.

2006

A Chama foi acesa em São Gabriel, na Sanga da Bica, local onde há 250 anos foi trucidado Sepé Tiarajú. Os nossos campeiros, com 13 cavaleiros integraram o Piquete da 1ª RT, nesta cavalgada que trouxe a Chama Crioula para os festejos em Porto Alegre e após para nossa cidade.

2007

São Nicolau, a primeira querência do Rio Grande, local da 1ª Missão Jesuítica Guarani, foi sede do acendimento. E neste ano, mais uma vez, devido à credibilidade conquistada pelo tradicionalismo local a partir de 1997, o piquete que buscou a Chama para a 1ª RT foi a Campeira de Alvorada.

2008

A Chama foi buscada em São Leopoldo, que sediou o acendimento em homenagem aos 184 anos de imigração alemã no RS.

2009

São Lourenço do Sul foi sede do acendimento estadual. O local foi a Fazenda do Sobrado, às margens da Laguna dos Patos. O sobrado construído no final do século XVIII, serviu de quartel general para Bento Gonçalves e seus comandados e serviu de apoio logístico para Garibaldi construir seus navios para atacar Laguna em Santa Catarina.

Texto: Valdemar Engroff
Adaptação: Sergio Spier

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